

Ewa Wisnierska conta como sobreviveu à nuvem de tempestade
Um competidor chinês que acabou sugado pelos mesmos movimentos ascedentes de vento da tempestade na região não teve a mesma sorte de Wisnierska. He Zhongpin, 42 anos, foi encontrado a 75 quilômetros de distância de onde partiu. Equipes de resgate disseram que o chinês possivelmente morreu congelado e sufocado. A velocidade com que a alemã ascendeu na atmosfera no updraft da tempestade (gráfico abaixo) foi de 20 metros por segundo, o que acabou registrado por um equipamento eletrônico que levava consigo. "Eu era como uma folha flutuando no ar", contou a alemã à imprensa australiana. Segundo ela, o seu corpo sacudia a todo momento e os raios cortavam o céu. "Sabia que estava no meio de uma nuvem de tempestade e nada podia fazer", afirmou.
Ewa Wisnierska recobrou a consciência cerca de um hora depois ainda no ar, quando estava a cerca de 6.900 metros de altitude. "Minhas luvas estavam congeladas e o paraglider ainda voava sozinho. Só me restava esperar para ver onde o vento iria me levar". A alemã sofreu lesões por todo o corpo do granizo e ainda teve as extremidades do corpo congeladas (frostbite). Apesar de ter voado em meio às pedras de granizo com tamanho de laranjas, o equipamento resistiu. A polícia local informou que a competidora pousou entre Barraba e Niagra, ou seja, a 60 quilômetros do seu ponto de origem. Os competidores tinham sido alertados sobre as condições atmosféricas desde o período da manhã e mesmo assim preferiram correr o risco de voar em situação de tempestade, o que até os pilotos de aviões evitam.